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Tejo

Localizada no centro de Portugal a Região Vitivinícola do Tejo tem, desde a Idade Média, sido reconhecida como uma das principais regiões vitivinícolas de Portugal.

 
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Localizada no centro de Portugal a Região Vitivinícola do Tejo tem, desde a Idade Média, sido reconhecida como uma das principais regiões vitivinícolas de Portugal.

Esta região estende-se pelas duas margens do Rio Tejo, de quem herdou o nome.

A Região tem clima moderado. As plantações da vinha são alinhadas. O sistema de condução tradicional é a vinha baixa, embora a introdução da vindima mecânica tenha vindo a introduzir alterações, nomeadamente na altura da vinha.

A importância económica e social que a cultura da vinha desempenha no Ribatejo é inquestionável!

Esta região fértil, outrora com elevadas produções que abasteciam o mercado interno e as colónias em África, produz vinhos brancos e tintos de qualidade a um preço extremamente competitivo. Diversidade de solos e climas aliados a explorações vitivinícolas de grande dimensão com baixos custos de produção são as principais características do Ribatejo.

A Denominação de Origem do Ribatejo apresenta seis sub-regiões (Almeirim, Cartaxo, Chamusca, Coruche, Santarém e Tomar). Os solos variam consoante a proximidade do rio. O campo ou lezíria são zonas muito produtivas que se situam à beira-rio. Devido às inundações do Tejo é comum que as vinhas da zona fiquem, por vezes, completamente submersas. Na margem direita do Tejo, depois dos solos junto ao rio, situa-se a zona do bairro.

O Ribatejo era conhecido por produzir grandes quantidades de vinho que abasteciam Lisboa, o vinho era de baixa qualidade e era vendido a granel. Nos últimos 15 anos, a região foi submetida a mudanças significativas. Muitas vinhas foram transferidas da zona de campo para os solos pobres da charneca e do bairro: a produção baixou, contudo a qualidade melhorou significativamente.

As castas tradicionais da região são (Trincadeira ou Castelão) mas também de outras castas nobres, como a Touriga Nacional, Cabernet Sauvignon ou Merlot. A casta branca mais plantada na região é a Fernão Pires, sendo praticamente indispensável na produção dos brancos ribatejanos. Por vezes, é lotada com outras castas típicas da região como a Arinto, Tália, Trincadeira das Pratas, Vital ou a internacional Chardonnay.

Independentemente da designação DOC ou Regional, o terroir do Ribatejo sente-se em qualquer vinho da região: brancos muito frutados e de aromas tropicais ou florais e tintos jovens, aromáticos e de taninos suaves.

Existem 3 zonas vitivinícolas distintas conhecidas como "O CAMPO", "O BAIRRO" e "A CHARNECA".

O CAMPO, com as suas extensas planícies, adjacente ao Rio Tejo, conhecido também como a LEZÍRIA DO TEJO, sujeita a inundações periódicas, que se causam alguns transtornos, são também responsáveis pelos elevados índices de fertilidade que aqueles solos de aluvião possuem, é, por excelência a zona dos vinhos brancos, onde predominam as castas Fernão Pires, Arinto e Verdelho.

O BAIRRO, situado entre o Vale do Tejo e os contrafortes dos maciços de Porto de Mós, Candeeiros e Montejunto, com solos argilo-calcários em ondulados suaves, é a zona ideal para as castas tintas, nomeadamente Touriga Nacional, Trincadeira e Cabernet Sauvignon.

A CHARNECA, localizada a sul do CAMPO, na margem esquerda do Rio Tejo, com solos arenosos e medianamente férteis, se por um lado apresenta rendimentos abaixo da média da Região, por outro lado induz a um afinamento, quer de vinhos brancos, quer de vinhos tintos.

 
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